Atentados em Santa Catarina: Três mortes e 46 prisões em quatro dias de ataques
O Gabinete de Crise do Governo do Estado informa que até o meio-dia desta sexta-feira (16) três suspeitos de envolvimento nos ataques em Santa Catarina foram mortos em confronto com policiais, 46 presos e 26 ônibus incendiados. O último ataque foi por volta das 10h, na SC-407, entre os municípios de São José e Palhoça. Um suspeito foi preso durante ação.
Na noite de quinta, por volta das 23h, outros dois suspeitos foram mortos em Tijucas também em confronto com a Polícia Militar. A PM tinha informações de que o grupo estaria planejando o assassinato de policiais em resposta à morte de Jeferson (Itapema). Eles reagiram à abordagem e foram mortos durante troca de tiros Alecsandro Hamilton Araújo, 19, e Jefferson da Silva Estevão, 25, ambos com antecedentes criminais.
Esta manhã, o presidente da República em exercício, deputado Marco Maia, telefonou para o governador Raimundo Colombo se colocando à disposição de Santa Catarina para ajudar no que for preciso. O governador agradeceu o apoio e avalia, juntamente com a cúpula de Segurança Pública do Estado, a ajuda federal. Por enquanto, o Estado já utiliza os serviços de inteligência de Brasília para avaliar a ligação dos crimes em Santa Catarina e em outras partes do Brasil.
Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Militar Rodoviária, Polícia Rodoviária Federal e agentes penitenciários estão trabalhando em parceria e trocando informações para restabelecer a ordem pública o mais rápido possível.
Medidas para conter a violência
Para conter os ataques, o governador Raimundo Colombo determinou que o gabinete de crise passasse a funcionar permanentemente, que o número de policiais nas ruas fosse ampliado e que todas as forças de Segurança trabalhassem unidas e focadas para acabar com a violência. Outra medida tomada foi a escolta dos ônibus nas regiões mais críticas de Santa Catarina.
“Estamos atuando para manter a segurança da população e agir com o rigor da lei contra os criminosos”, afirmou o governador Raimundo Colombo.
O Estado está enfrentando, nos últimos dias, uma série de ataques criminosos. A cúpula de Segurança Pública trabalha com várias hipóteses para explicar a violência. Podem ser grupos dentro e fora dos presídios que estão coordenando os ataques, mas não está descartada a correlação com as ações da polícia contra o tráfico de drogas e as medidas tomadas nos presídios, como a redução de regalias e o aumento de ações de ressocialização.
“Há uma correlação perceptível entre o acirramento do combate ao tráfico de drogas e as reações”, explicou o comandante-geral da Polícia Militar, Nazareno Marcineiro.
O Governo está trabalhando também em parceria com o serviço nacional de inteligência para avaliar a relação dos ataques em Santa Catarinae nos demais Estados. Outra informação levantada pelos policiais é que há ainda oportunistas que se aproveitam da situação para promover atos de vandalismo.
Sobre a crise no sistema carcerário em todo o País, o governador aposta, entre outras medidas, na promoção do trabalho entre os presos. “O programa de capacitação e de promoção do trabalho feito nos presídiosem Santa Catarinaé uma das saídas para melhorar o sistema carcerário. Essa é uma das ações que já está sendo colocada em prática no Estado”.
Penitenciária de São Pedro de Alcântara
Na tarde de quarta-feira foi confirmado o afastamento do diretor da penitenciária de São Pedro de Alcântara, a pedido do próprio diretor, Carlos Alves. “Se o Carlos não solicitasse o afastamento, nós não teríamos tomado essa decisão”, disse Leandro Soares, diretor do DEAP. Ele pediu 30 dias de afastamento para organizar sua vida pessoal após o assassinato da sua esposa, a agente penitenciária Deise Alves.
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