Rádio Aquarela FM: Nota de Esclarecimento
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| Foto: Site rádio Aquarela FM |
O release emitido às 10h58 do dia 18 de janeiro de 2012, da Prefeitura de Barra Velha, dando conta da abertura de um processo judicial contra a rádio, infelizmente, omite a informação de que a Central Aquarela de Jornalismo procurou tanto a Secretaria de Assuntos Governamentais para dar a versão sobre o fato de a Prefeitura não pagar seus servidores antes do Natal, quanto a própria Assessoria de Imprensa, na manhã do dia 29 de dezembro.
Na ocasião, a Central Aquarela de Jornalismo buscou não apenas a versão oficial sobre o fato, mas leu e deixou claro esse posicionamento na matéria veiculada na emissora, no mesmo dia 29 – ou seja, abrindo o espaço legal e constitucional para o direito de defesa dos citados, e buscando pela versão do Poder Executivo. Se a assessoria do prefeito foi ineficiente em responder no mesmo dia, o espaço estava assegurado. E a matéria foi postada normalmente dia 30, no site da emissora.
A matéria encaminhada pela Prefeitura de Barra Velha também omite que a sua Assessoria de Imprensa, em e-mail, pronunciou-se dia 30 de dezembro (um dia depois), com a versão oficial do prefeito, que foi regularmente veiculada pela emissora de rádio – ou seja, a versão da Prefeitura foi dada e está registrada nas gravações do programa "Rádio Notícias Aquarela".
Não houve qualquer incorreção na matéria, que traça um comparativo entre administrações anteriores, que pagavam salários ao seu funcionalismo antes do Natal, e a atual gestão, que só pagou dia 30 – daí se configurando o atraso em relação à prática de governos anteriores.
A Central Aquarela de Jornalismo questiona: se a Assessoria de Imprensa da Prefeitura for consultada, ela dirá que foi procurada pela emissora dia 29, às 10h da manhã, para dar a versão oficial antes de a matéria ir ao ar?
Esperamos sinceramente que a assessoria não se omita em dizer o que realmente aconteceu - que a Central de Jornalismo agiu de acordo com a norma jornalística, checando a informação - procedimento, aliás, feito também com dois servidores públicos que pediram para não serem divulgados, por meio de represálias.
O uso de pseudônimos é regular no jornalismo, para garantir a preservação das fontes – assim como recursos como desfoque da imagem, uso de voz alterada ou imagem no escuro, largamente usados pela imprensa. A fonte reservada é um direito do jornalista.
Aliás, neste caso, o mais importante não é o autor da reclamação, mas a informação, que é verdadeira: os servidores receberam depois do Natal – foi o que a rádio divulgou, oferecendo espaço para a defesa do Executivo. Outro fato verdadeiro, informado na mesma matéria, é que a administração atual não pagou o abono aos professores da rede municipal – fato confirmado em nota oficial pela Associação de Professores de Barra Velha.
Outrossim, à imprensa e à comunidade, a Central Aquarela de Jornalismo sugere que indaguem, de qualquer servidor público da Prefeitura, se ele recebeu ou não antes do Natal. A resposta dos servidores certamente confirmará que a informação veiculada na emissora é verdadeira. E mais: qual o motivo de a emissora não ouvir a versão da Prefeitura, para uma reclamação dos servidores, se em todas as outras situações, a emissora tem consultado a Assessoria de Imprensa ou os próprios integrantes do governo municipal?
Finalizando, a Central Aquarela de Jornalismo informa que acha risível a postura do senhor prefeito, quando diz que a rádio “denegriu a cidade”. A Rádio Aquarela FM é pautada por ampla abertura aos interesses comunitários de Barra Velha e região, e justamente reconhecida pela população em virtude dessa abertura, o que faz dela líder de audiência com índices superiores a 65%, auferidos por pesquisas de opinião pública;
Também é risível o senhor prefeito quando se diz “perseguido” pela emissora. Que perseguição é essa, quando a emissora, desde o dia em que o senhor prefeito assumiu, veiculou praticamente todas as informações de sua assessoria, abrindo espaços no rádio e na internet, e inclusive para integrantes de seu governo? O volume de matérias positivas do atual governo supera em muito eventuais críticas;
Por fim, é risível o senhor prefeito dizer que “não é contra a liberdade de expressão”, se se mostra irritado com críticas de seus servidores – críticas justas, aliás. Sua atitude e essa ação judicial contra uma simples reclamação do funcionalismo público de Barra Velha parecem mais um ato de intimidação contra a imprensa do que uma manifestação legítima. Deve estar sobrando tempo ao chefe do Poder Executivo para se envolver tanto num assunto tão corriqueiro.
Barra Velha, 18 de janeiro de 2012.
Atenciosamente,
Juvan Neto
Central Aquarela de Jornalismo
Jornalista SC 01359 JP
E-mail jornalismo@aquarelafm.com.br
